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Vale: a derrocada das ações para o menor patamar em 2021
A mineradora acaba de anunciar o valor dos dividendos aos acionistas; na semana passada, a mineradora Vale (VALE3) anunciou o pagamento de R$ 40,2 bilhões em dividendos, valor que corresponde a quantia de R$ 8,10 por ação, de acordo com a companhia.
A cifra é referente ao primeiro semestre de 2021 e os investidores devem receber o dividendo “gordo” até o dia 30 de setembro. Mas, apesar disso, as ações da Vale estão em baixa.
Os papéis VALE3 recuam 2,70%, a 83 reais nesta segunda-feira dia 20/09/2021, e já caíram mais de 20% desde a cotação recorde do dia 11 de maio. E qual o motivo? Após a China tomar medidas para despoluir o setor industrial, o minério de ferro sofreu uma queda vertiginosa, atingindo menos de US $100 por tonelada.
Os índices futuros da commodity se desvalorizaram mais de 50% devido às restrições da maior produtora global de minério, para cumprir as metas de volumes mais baixos este ano. Diante disso, analistas do banco suíço UBS cortaram a recomendação de compra da Vale e mudaram para venda, além de reduzirem as previsões do Ebitda (lucro ante juros, impostos, depreciação e amortização).
Neste momento, a pergunta que você deve estar se fazendo é: afinal, é hora de comprar?
A resposta mais curta é que sim, ainda há oportunidades na Vale na visão do analista de ações que consultei. Para ele, o minério de ferro pode até ter caído, mas a Vale continua atrativa e está tendo queda inferior ao seu principal índice, o Ibovespa, que recua 3,39% no momento em que escrevo.
No entanto, o analista alerta que as ações VALE3 irão, inevitavelmente, ser ajustadas para baixo devido ao cenário. Por isso, sugiro que você entenda o que está acontecendo com a mineradora antes de vender ou comprar os papéis. Além disso, é comum que uma ação tenha o preço ajustado após o pagamento de dividendos.
Por que as ações da Vale estão caindo? (mesmo com dividendo de R$ 8,10 por ação)
Os papéis da mineradora Vale estão sendo negociados em baixa desde a “queda livre” do minério de ferro. Depois de subir 75% em 2020 e alcançar o patamar recorde de US $230 a tonelada, a commodity está vivendo dias difíceis devido à incerteza da demanda global e da atuação do governo chinês para reduzir o valor do minério, por meio da queda da produção de aço.
Para especialistas do mercado, o alto preço da commodity trouxe pressão inflacionária e foi necessário intervir. Com isso, o minério de ferro já caiu 50% desde que atingiu o patamar recorde
No entanto, apesar da variação expressiva, “o minério de ferro está apenas convergindo para o que deveria ser entre US $60 e US $70. US $100 era um absurdo”, afirma o analista Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, maior casa de análise financeira do Brasil.
A queda assustou o mercado e mineradoras e siderúrgicas como a Vale acompanham o movimento de queda, o que também está puxando o desempenho negativo do principal índice de ações da bolsa brasileira, o Ibovespa.
Para Miranda, “trata-se muito mais de uma questão sistêmica, do que propriamente com a Vale”. Além disso, ressalta que as ações da mineradora permanecem em sua carteira recomendada aos seus seguidores na série Palavra do Estrategista - esta carteira de ações leva o nome de Oportunidades de Uma Vida: “Acho sim Vale interessante mesmo nos níveis atuais. É claro que a ação será ajustada para baixo devido ao cenário, mas quando normalizar ela voltará a subir”.
Para confirmar a tese, o analista ainda destaca os dividendos pagos pela mineradora, que foram além das expectativas do mercado. “Corrobora para essa interpretação o dividendo gigantesco anunciado pela empresa de R$ 8,10 por ação, com um dividend yield superior a 9%”, afirma.
Antes de sofrer queda causada pelo minério de ferro, a Vale pôde mais do que dobrar o patrimônio de investidores. Até 28 de julho deste ano, quem manteve a posição nas ações conseguiu acumular exatamente 174% de lucro, sem contar os dividendos pagos pela mineradora.
As ações da Vale são de alta qualidade devido ao nome resiliente, líquido, com previsibilidade de resultado, alto free cash flow (fluxo de caixa livre), rendendo 17%, e múltiplo atraente de apenas 3,5x Ev/Ebitda.
VALE3 está entre as ações mais indicadas pelas corretoras há 21 meses
A empresa segue honrando seus compromissos financeiros, fez um robusto pagamento de dividendos semestrais e, além de tudo isso, conseguiu evitar um prejuízo bilionário em seu caixa devido à catástrofe de Brumadinho.
Se o investidor quiser se beneficiar dos dividendos pagos pela Vale neste semestre, ainda dá tempo. Isso porque a data de corte para detentores de ações VALE3 negociadas na B3 será no dia 22 de setembro, isto é, na próxima quarta-feira.
Depois de acompanharem a alta do minério de ferro nos últimos meses, as ações da Vale estão hoje entre as principais quedas do Ibovespa, com a piora nas percepções sobre a China. Segundo operadores, a divulgação dos dados de exportação e importação do país asiático, no último fim de semana, provocaram esse movimento, além de influenciarem a cotação do minério. Vale ON cai 10,19%, a R$ 15,16, na ponta negativa do índice. Também recuam Vale PNA (-7,77%, a R$ 12,47) e Bradespar PN (-8,91%, a R$ 7,05). O Ibovespa opera em baixa de 1,40%, aos 50.992 pontos.
Na comparação anual, as exportações chinesas caíram 1,8% em abril, revertendo alta de 11,5% em março, enquanto as importações recuaram 10,9%, ante queda de 7,6% no mês anterior. O preço do minério de ferro iniciou a semana com queda de 3,6% no mercado à vista chinês e foi a US $55,6 a tonelada seca, de acordo com dados do The Steel Index. Para Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais Home Broker, o mercado ainda tem a expectativa de que o governo chinês adote novas medidas para estimular a economia. “O problema é que por enquanto, a espera não é acompanhada do fato. Como a meta de crescimento para este ano é de 6,5%, índice que deve ser atingido, o governo chinês parece relutar, e ver como a economia reage às medidas já adotadas”, explica. (Renato Carvalho – renato.carvalho@estadao.com e Fernanda Guimarães -fernanda.guimaraes@estadao.com).
A Vale (VALE3) foi do céu ao inferno em pouco menos de três meses. Em julho, o papel da maior mineradora do Brasil bateu em R$ 117, com a euforia dos mercados em meio à recuperação econômica e uma China com apetite cada vez maior. Porém, com o preço do minério derretendo, o valor de mercado da Vale acompanhou a queda. Na sessão de 20/09/2021, os papéis recuaram 3,3%, a R$ 83,31. Mais cedo, as ações chegaram a cair 5%. Com isso, a empresa atingiu o menor patamar do ano. Em 2021, a gigante acumula queda de 8,9%. Ao acompanharmos a cotação do minério de ferro nos últimos meses, vemos uma correlação com os papéis da Vale. Em maio, por exemplo, a commodity bateu em quase US$ 250 a tonelada, um recorde histórico. E, com isso, os papéis da Vale refletiram a alta. Porém, como já dizia o ditado, quanto maior a alta, maior a queda. E foi exatamente o que ocorreu. O preço do minério de ferro derreteu mais de 50% desde que atingiu o recorde em maio, e alguns participantes do mercado não descartam que a commodity possa cair para US$ 70. Nessa segunda-feira, os futuros em Singapura despencaram para US$ 95 sob a pressão da China para controlar a produção de aço.
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Conselho de amigo, espere!
Ainda não é hora de comprar, pois a meu ver ainda está um preço muito alto para pensar em ter uma carteira da Vale.
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Source: owpoga,moneytimes,outros
post by: Oliveira M.J.N
Cirurgião Dentista, Especialista em EAD, Desenvolvedor web, Analista em Saúde/Tecnologia e Inovação.
Sep:22:2021:[04:29:25 AM]